terça-feira, 7 de outubro de 2008

Quem me conhece, sabe, não guardo nada pra depois. Não economizo felicidade, não economizo palavras, não economizo vontades. Na verdade, não me economizo. Não espero o momento certo, não tenho o perfume lacrado, o vinho guardado, a lingerie na caixa, a surpresa pronta para a data especial. Toda hora é agora, quase impossível deixar pra mais tarde. Pode ser um defeito devastador, eu sei. Mas não está em mim engolir desejos, usar camisola rasgada pra dormir sozinha, passar lavanda barata para ir ao supermercado, dizer que não quando a vontade é dizer sim ou vice versa. Não está em mim fazer jogo, fazer tipo, esperar pra ver, ficar com gosto do beijo não dado, deixar a página em branco com medo de confessar. Ah, me poupe! Eu quero provar o inesperado, improvisar meu mundo, me divertir, me enfeitar e me embebedar, de mim. Quero muito mais do que sou, quero tudo de nós dois, quero o agora e quero o depois. Eu não gosto de rótulos, cansei de regras, estou entediada com tanta posologia na vida, acho "modo de usar" um tanto quanto limitado, considero uma pobreza de espírito essa moda de "achar", "julgar" e "estereotipar". Eu quero mais é ser feliz hoje, quero me sentir bem agora.... Dá licença? Uso perfume francês de dia, te amo à noite, te odeio sem motivo, quero fazer uma coleção de calcinhas, adoro havaianas, minha única droga é um bom vinho e querer você. AGORA. Mesmo que a gente não saiba aonde ir com meus defeitos. (Jogaremos fora?). Mesmo tendo tanta gente bem-intencionada torcendo contra. Não importa. Você é poesia. Eu? Luta... Eu não economizo o verbo amar. Aliás, não economizo nada!!