sexta-feira, 20 de março de 2009

Sentido da vida...


Quantas vezes ficamos desesperados procurando entender a logicidade do que não tem lógica. Queremos uma explicação lúcida e convincente daquilo que não se explica. Simplesmente é.
Nos perdemos em um mar de “por quês”. Por que isso, por que aquilo. Porque justamente comigo? Nos afundamos em “por quês” em tudo que nos cerca, e perdemos o sentido do fluxo do nosso caminho.
Não existem caminhos pré-determinados. O caminho de cada um se faz ao caminhar. Ou seja, a a maneira como eu percorro meu caminho é que vai determinar como ele irá se delinear. O ponto de chegada é a meta que eu necessito para a evolução da minha consciência, do meu ser interior. Aquilo que eu devo aprender. A conclusão a que eu devo chegar.
Mas, a maneira como eu caminho, se me posiciono às margens, de um lado ou de outro, ou se prefiro a via central, o caminho do meio, depende de mim. Tudo é uma questão de posicionamento. Onde eu me coloco diante de tal fato? De que lugar eu estou, neste momento, olhando para minha vida? Onde eu estou? Onde você está?
Aquilo que nós carregamos através desse caminho pertence apenas a nós mesmos. Se oferecemos algo a alguém, e isto é aceiro, deixa de nos pertencer. E se não for aceito, continua conosco. E é isso que acontece com nossos sentimentos de amor, compaixão, inveja, raiva e tudo que nossa alma humana possa criar. Se o amor que eu sinto não é aceito, eu não posso doá-lo. Se a raiva que eu sinto não é aceita, eu não posso depositá-la. Se o outro não me recebe eu não posso chegar. Eu continuo a sentir o que sinto, mas não chega ao destinatário.
Só carregamos aquilo que não é nosso se dermos permissão para isso. Ou melhor, se eu aceito levar uma carga que não me pertence é porque estou fazendo essa escolha. E é esse o caminho que estou escolhendo. Se, ao contrário, eu percebo e discrimino aquilo que tem a ver comigo e reconheço como pertencente a mim, eu entro no fluxo da minha vida, me apodero do sentido que ela tem pra mim.
Os “por quês” já não são importantes. Mas, sim, buscar sentido através do “pra que”. Procurando entender o propósito das atitudes. Aprendendo a fazer a leitura dos gestos. Se uma pessoa (nos incluindo também) tem um determinado comportamento, não devemos perguntar: “Por que isso?” Mas, o melhor é perguntar: “Para que isso?” O que você quer obter ou provocar? Qual sua intenção em fazer tal coisa?
Dessa maneira, temos a possibilidade de transformar a situação que nos aflige. Não é desvendando o “por quê”, mas compreendendo o “pra quê”.
Ninguém tem o direito de escolher o caminho que você deve seguir! Só se você permitir...