sábado, 30 de agosto de 2008

Quantas doses?


Às vezes me pergunto se tudo isso que vivo é real, se aqui é o meu lugar. Ou vim parar em um mundo paralelo a passeio ou, quem sabe, por pura distração, mera acomodação. Embora saiba que o que é meu está guardado e que cada coisa toma o seu devido rumo, parece que estou sempre a espera de algo que está por acontecer, porém nunca chega a hora. Até quando vou esperar? Quantas doses duplas de calma e paciência tenho que tomar? Viver será isso? Uma eterna espera de coisas guardadas que estão para acontecer que, no entanto nunca acontecem??? Bom, enquanto aguardo não vou ficar sentada, vou revirar meu mundo para que as coisas venham e aconteçam da melhor forma. Vou levando a vida, me divertindo e rindo dos meus próprios erros e tropeços. Será que todas essas esperas não são somente morfina para minha alma? Sei que estou longe do que almejo pra mim. Sei que não tenho paciência pra esperar o grande momento, a grande virada. Sei que às vezes acabo atropelando o destino e me cansando facilmente das coisas. Mas sei que o que quero não é nada complicado. É tudo muito simples, simples demais que chega a ser estranho. Acho que Fernanda Young me entenderia bem, afinal segundo ela: O problema é que quero muitas coisas simples por isso pareço exigente demais.


(Ps. dedicado a minha amiga Josi:)

2 comentários:

Anônimo disse...

Engraçado que eu escrevi, recentemente, um texto falando exatamente da mesma coisa. Ele segue de forma diferente, dado o fato de que eu sigo de forma diferente. Mas não pude deixar de me identificar com diversas passagens deste post.
Muito bom!

Josi Puchalski disse...

Obrigada amiga, adorei a dedicatória!!! ;-)
E como não amar um texto assim, que fala tão bem do nosso jeito enjoado, impulsivo e cheio de pressa? Amei.