sexta-feira, 19 de setembro de 2008


Eu saio, vou para os mesmos lugares, falo com as mesmas pessoas, possivelmente faço as mesmas coisas. Adoro uma rotina. Não me perturba que seja assim. O que me perturba na verdade é a forma como as pessoas e as relações são mutáveis. Quando “te ver não é mais tão bacana quanto na semana passada”, questiono o que será que dita à forma como você se sente em relação a alguém? Serão as atitudes dela ou as nossas atitudes vinculadas a ela? Eu escuto muita gente falar que se apega muito fácil. Eu já fui assim. Mas estou deixando de ser. Tenho me sentido numa fase “eu me desligo mais fácil”. Quem quer ficar fica, quem não quer vai embora... Eu até choro, vou atrás, crio reconciliações, mas obrigar eu não posso, controlar muito menos. Aí quem vai embora sou eu. E me desligo... Mesmo sabendo ser uma pessoa sensível, também consigo ser fria, ainda que inicialmente isso me rasgue por dentro. Acho que isso acontece nas horas da vida em que a gente sabe ser atriz. Minha frieza é rara? Não sei. Sei que me espanta, porque sem atuação ela pode agredir mais ainda. Mas os acontecimentos mudam. Os dias trazem amadurecimentos, ainda que forçados. Vão comprovando hipóteses e jogando verdades na nossa cara. E por mais engraçado que pareça, só aparentemente dói. Lá no fundo, analisando a situação de forma a se colocar distante, como se houvesse assistido desde o princípio e apenas nos bastidores, você vê que na verdade não machucou tanto assim. Trata-se apenas de uma boa dose de amor-próprio ferido, mas nada que uma noite bem vivida não resolva. Resolve sim... Te ver pode não ser mais tão bacana quanto na semana passada, mas outros sentidos permanecerão, até porque antes não era assim...

5 comentários:

Anônimo disse...

Nunca gostei da rotina. Ela sempre me incomodou! Mas não consigo parar de pensar num poema da Elisa Lucinda, que diz "Parem de falar mal da rotina/parem com essa sina anunciada/de que tudo vai mal porque se repete.(...)".
E acho, no final das contas, que é injusto culpar a tal da rotina pela nossa incapacidade de lidar com os outros - ou deles lidarem conosco. Na verdade, a indiferença pode não ser resultado de frieza. Mas de maturidade, ao saber que muitas vezes precisamos nos preocupar mais com nós mesmos. Depender das outras pessoas para a nossa felicidade, nunca é bom.

Josi Puchalski disse...

Simplesmente perfeito! Muito...

KANAAN disse...

Frieza, apegar-se ou nao...sei la...rotina....tudo isso ta pressente todo tempo em nossas vidas e em todas as relaçoes, o problema é lidar com isso....Ja passei por alguns tempos ruins por conta disso, hj eu ja penso que nao melhor do que ser eu mesma e pronto!!!!Acho esta a melhor tatica....e tem funcionado!

Anônimo disse...

Acho que a rotina é igual a um cachorrinho, se você cria da maneira correta ela será a sua melhor amiga, mas se você a cria de maneira errada, ela pode ser traicoeira e acabar com você...

Quanto a ir atras, tal e coisa... deve-se primeiro pensar em si mesmo e ver se realmente vale a pena, nenhum sofrimento é eterno! Tudo passa, o negocio é dar uma oportunidade a si mesmo!!!

Abraços!!!

VIVENDO SOLTEIRO - Aqui, ser solteiro é algo muito interessante!!!

http://vivendosolteiro.blogspot.com

Anônimo disse...

Por que é assim?